Mateus 18.1-35
Naquela mesma hora chegaram os discípulos ao pé de Jesus, dizendo: Quem é o maior no reino dos céus?
E Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles,
E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus.
(Trata-se do novo nascimento descrito em João capítulo 3, 2Coríntios 5:17, Efésios 4:24 e Tito 3:2-8. Nessa última passagem, a Palavra de Deus esclarece, de forma símples e direta, o propósito Divino para o Novo Nascimento: Que entremos em plena harmonia com o que já se tem eternamete estabecido no céu. Para que, desse modo, também possamos viver harmoniozamente na terra. Em acordo também com 2Pedro 1:2-4.)
Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus.
E qualquer que receber em meu nome um menino, tal como este, a mim me recebe.
Mas, qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar.
(Trata-se da forma pela qual devemos nos relacionar com os nossos irmãos em Cristo)
Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!
(Não devemos servir de pedra de tropeço para ninguém)
Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida coxo, ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.
E, se o teu olho te escandalizar, arranca-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno.
Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre vêem a face de meu Pai que está nos céus.
Porque o Filho do homem veio salvar o que se tinha perdido.
(Evidente que o Mestre não está se referindo apenas às crianças naturais e também pode-se observar que o foco não está no outro mas em mim: ¨ se a tua mão…, se o teu pé…, se o teu olho…¨ ou seja, a minha integridade não é mais importante do que a integridade do meu irmão. Se eu tiver que ser injuriado, difamado, maltratado, perseguido ou até excluído; para não desfazer ou anular a obra de Deus na vida de um irmão, eu devo escolher a vida do meu irmão, pois aquele que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, mas aquele que perder a sua vida por amor de mim, salvá-la-á.)
Que vos parece? Se algum homem tiver cem ovelhas, e uma delas se desgarrar, não irá pelos montes, deixando as noventa e nove, em busca da que se desgarrou?
E, se porventura achá-la, em verdade vos digo que maior prazer tem por aquela do que pelas noventa e nove que se não desgarraram.
Assim, também, não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca.
(Isso não se trata de responsabilidade pastoral, mas de um grande exemplo prático da forma correta de nos relacionarmos com os nossos irmãos em Cristo)
Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão;
Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada.
E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano.
(Grande sabedoria do Mestre! Pois existe o outro lado da moeda. Também temos que lidar com o pecado na igreja, e isso deve ser feito da maneira correta. Como Ele mesmo disse, é minha responsabilidade tratar essas questões com meus irmãos. Noutro lugar Ele disse: Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno. Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta. Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Nem sempre as questões entre nós dizem respeito à pecados, mas todas elas precisam ser resolvidas rapidamente para preservar a unidade do Espírito.)
Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.
Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus.
Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.
(Eis aí a grande recompensa do Senhor para os que praticam essas coisas.)
Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?
(Pedro atinou para a importância e seriedade do que o Mestre falava.)
Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete.
(O Mestre foi ao extremo para explicar essa verdade.)
Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos;
E, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos;
E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse.
Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.
Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.
Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem dinheiros, e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves.
Então o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.
Ele, porém, não quis, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.
Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara.
Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste.
Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?
E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia.
Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.
(O Mestre e Senhor Jesus conclui a sua lição com essa maravilhosa parábola. Fazendo-nos entender o valor que tem o perdão para Deus e a nossa posição em relação ao PERDÃO. Porque está escrito de forma tão explícita qual NÃO deve ser a nossa atitude em relação às outras pessoas e nós devemos nos esforçar com todo coração e mente para assim agir. ¨ Por tanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo.¨ Romanos 2.1)